segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ora ei eu

Numa noite enluarada, meu senhor apareceu
Era eu! Era eu
ele disse para mim.
Na mesma hora lembrei
"ora, ei, eu?" -
Sim, era eu.
Então o galo, que já não escuto
mais cantou e me lembrou da tranca aberta
numa rua da floresta, onde já não se encontra mais

O meu amor, o meu peso.
Procura, vai! Procure, e ache!
Inocente, a lua será pisada por ela
A rainha de todos os ensinamentos
Era eu querida.

Sou eu como queiras.
E repito que já me avisastes
"te cuida cigano"
Teu tempo, desmudastes!

Ele vai por outras bandas
Nesta hora, valha-me um fado
de boêmio apaixonado

Pelo que vai, não é nada
Pelo que foi, é o que tem
pelo que é.
Sublime suprassumo e venturoso
Como um livro a acordar
vencedores

domingo, 27 de abril de 2014

Umas poucas

Posso te mostrar como não preciso do silêncio pra que você saiba o que é ignorância. Também pude mostrar o contrário, mas não. Sozinho pode ser, e é mais gostoso - e não há egoísmo quando se nasce sozinho. Sós - as pessoas são antenadas -, lembra da retórica, não esquece da eloquência. Meus amigos são uma graça e me enchem de vergonha, ah! Como eu gosto. Cheguem mais, que o prazer me alimenta.

Mas aprendi a gostar do que, de maneira diferente, concebi deuses que não me pertencem e estão no meu mundo rico, do que você não sabe, empobrecido pela subversão esperançado pela viciosa consideração do autruísmo, que não esqueci.

Esbórnia, sua rica pobreza

Na noite, sem fundamentos, na base ou com elementos,
à você, meu silêncio
Este meu sorriso é pra quem sabe ter
meus dentes, Apolônia, e o meu silêncio
Para poucos eu desejo a sorte, saber decifrar
para muitos meu desprezo, peito, calo, morro, prazer

Ah, mãe! Inferno é a prosa dos infernos
Que teu calor não é nada desprezível
ah, fúria silenciada. Sem frestas, sem luz
É a loucura?
ela, pura

E queira morrer, não brilhe a sua luz
Que de tanto querer bem
pobre Matusalém perdeu por não esperar
Acredita na boa vida,
tanto lido,
também vai perder, como ato,
defecar o amor como não
Se fosse possível

(Mas) deite-se pobre
porco
Pirralho
Peite seu belo sorriso
acabe-se na sua verdade
Com ela
acorde

E pensar que derrotei
um já derrotado Jaguadarte
Oh! Lástima
leve certeza de morrer feliz
Adeus ri
cós
Sãs minhas marcas