Enquanto lhe sugavam a energia, julgando eles que assim ele sucumbiria, a tal simplesmente se recompôs. Algo o revigorou através da mente e de seus hábitos fieis a sua personalidade. Sabia que o que havia de vir era apenas utopia. Imaginava. O espelho refletia a estética admirada por muitos. O que muitos não sabiam era que esta duraria apenas cinco minutos mais. Era tão efêmera quanto as próprias ideias.
Enquanto acreditavam numa eternidade utópica, ele personificava a realidade mutável e descartável tal como a pele. E antes, reis chegaram a se ajoelhar, mas aquela os renegou, pois sabia que a insanidade não cessara de lhes tragar como a alguém que, inconscientemente, se entrega ao vício.
Ele a julgava "um bom pastor". E certamente fora, confiava. Em meio a tanto idealismo, o tal jamais se desapegou do proselitismo e guerreava, pois era verdadeiro, por isso defendia tudo aquilo que acreditava.
O que sua mente, também cheia de tormentos, defende neste momento?