segunda-feira, 19 de novembro de 2012

INS(PIRAR)



Rótulo é similar à mentira. É momento ou estado de espírito. Acordo querendo acordar num dia, acordo querendo permanecer dormindo em outro. Insatisfações inatas da raça, que nenhuma outra jamais ousou negar a falsa felicidade, motivo pelo qual há desavenças e provocações.

É o vendável o valorizado. Uma rótula pulsa de vida esquecida em algum joelho. O momento brilha, o hábito acomoda, o espontâneo surpreende, e o cidadão baila ao som do rótulo.

Se o tempo passa, molda-se o velho. Alguns, em dia com o sistema: "bem casado", "bom pai" - se assim optou - "profissional exemplar", "confiante na aposentadoria que tanto sonhara", convicto de que tem poder.

Viver no paraíso é melhor que viver em liberdade, embora esta lhe proporcione prazer. Nenhuma raça jamais o negou. Rótulo, quem o dá é o falador. Falador sou eu e tu, mesmo que sejamos mudos. Enquanto eu penso na escrita da próxima linha, trilhares de opiniões ofensivas e outras quadrilhares de defensivas foram declaradas. Rótulos.

Amanhã é outra veste para o dia de hoje.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Nós, bêbados





Eram bêbados. Uns fumavam maconha outros Maria Joana (ou Marijuana). Outros curtiam pó, seja natureba ou sabe-se lá de qual procedência. Eu também. Todos tinham problemas, nenhum iguais aos meus. Problemas que giravam em torno do mal mundial: capital. Aliás, quem não quer mais? Nada é suficiente para satisfazer suas loucuras – ou normalidades.

Quando pequeno, o brilhantismo batera e fora aproveitado, mas dispensado: chega de tanta facilidade, ela não é suficiente para uma mãe, para uma família capitalista. “Mais! Outro! Esse não! Aqui não é seu lugar!”. Ora bolas, qual seria então? Sei lá... Só elas sabiam. Nem quero saber. Chega de cabresto, já não bastava o brilhantismo infame que me arrodeou?

Esqueci ou não quis ver os planos delas para mim. Agulha negra, dissera uma, juiz, dissera outra, gerente de contas. Asco! Mordi minha língua, sangraram as delas. Mais adiante, sem saber o que desejavam, me desejaram o título de âncora - nojento. Por que não me perguntaram o que eu queria? Por que não me permitiram? Por que me aprisionaram e depois reclamaram o sustento do almoço do cárcere?

Acabou!

Escrever seria a solução. Lançar fora as lágrimas sempre fora e sempre será mais fácil! Até que engulam a merda que elas mesmas cagaram, estarei morto e, ainda assim, não terão engolido tudo.

Seus pensamentos aqui, agora, não são aceitos.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Cooperação

Há muito para curtir.
Por este motivo vibro pelas conquistas, pelas novidades.
Por algumas derrotas, pelo que é certo.
Mas principalmente pelo que é ousado e florece.
Percebo que a diversidade faz movimentar...
Triste de quem se apega a um destino.
Pavoroso é quem não reconhece essências
Nem as aproveita
Como deveria