quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Nós, bêbados





Eram bêbados. Uns fumavam maconha outros Maria Joana (ou Marijuana). Outros curtiam pó, seja natureba ou sabe-se lá de qual procedência. Eu também. Todos tinham problemas, nenhum iguais aos meus. Problemas que giravam em torno do mal mundial: capital. Aliás, quem não quer mais? Nada é suficiente para satisfazer suas loucuras – ou normalidades.

Quando pequeno, o brilhantismo batera e fora aproveitado, mas dispensado: chega de tanta facilidade, ela não é suficiente para uma mãe, para uma família capitalista. “Mais! Outro! Esse não! Aqui não é seu lugar!”. Ora bolas, qual seria então? Sei lá... Só elas sabiam. Nem quero saber. Chega de cabresto, já não bastava o brilhantismo infame que me arrodeou?

Esqueci ou não quis ver os planos delas para mim. Agulha negra, dissera uma, juiz, dissera outra, gerente de contas. Asco! Mordi minha língua, sangraram as delas. Mais adiante, sem saber o que desejavam, me desejaram o título de âncora - nojento. Por que não me perguntaram o que eu queria? Por que não me permitiram? Por que me aprisionaram e depois reclamaram o sustento do almoço do cárcere?

Acabou!

Escrever seria a solução. Lançar fora as lágrimas sempre fora e sempre será mais fácil! Até que engulam a merda que elas mesmas cagaram, estarei morto e, ainda assim, não terão engolido tudo.

Seus pensamentos aqui, agora, não são aceitos.

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