quinta-feira, 2 de abril de 2015

Parei agora. E pensei como estamos, você e eu de bem com esse oxigênio. Os pulmões, o cérebro, a ousadia dessa vida nos fez ser de todos os personagens os que nos couberam. Cabe a ciumeira nos sorrisos instantâneos, verdadeiros, desconfiados, curiosos, submissos. Deponho meu carinho falho, respeito recíproco, qualquer coisa histórica e desprezo recíproco.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Não me esqueço de sua cara dizer que não.

O acidente é fato, se por querer? saberei. A dor não só eu, o ônibus e o poste devem poder lamentar.
Sei que não só eu.
Raio X... tem sim; lá no HGeral do estado onde os "criados" - coitados! - são maculados como culpados pela desgraça que nos chega doutro.
Que nem sei que fim terá.
Saberei.
Dotor que foi noutro e esquece dos doidos idiotas
Merece paciente morto
e o lamento só para
para lamentar

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Lut

Um quase estratagema
cheio de astúcia
é a estrela que se apagou
como a audácia
de um deus da guerra
Dionísio
os receba com o fausto que lhes segreguem
da peste que é Deus quando moleque
na França sonhava estar.
Morreu e está, dizem,
por Madalena encantar, paris
e cuidas em esconder o amor
que é preciso amar para amar
mais que sobreviver.

Alá os abençoe,
Tupan os ilumine,
Maomé os guie, Cristo, Emanuel,
Emmanuel, o Olorum
Que importa se não jurar?

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Vou Postar

Começamos parados.
As pessoas
depois fazem, o que você quer.
namoram, comem, brigam
começam a falar de coisas
incompreensíveis
São felizes e
ponto final...

terça-feira, 20 de maio de 2014

Resplandeça o sombrio universo da maconha

Sem desobstruir o escape por onde devem passar as luzes do saber, bloqueado pelo preconceito a novas possibilidades, é preciso ser observador para os fatos mesquinhos do governo o qual somos submetidos há décadas. Propagandas deturpam ou encobrem as verdadeiras qualidades ignoradas por quem deveria defendê-las!

É, como se diz, mantenha no escuro a sabedoria e acalme assim a fera em estado latente, o povo. A maconha é matéria denegrida há mais de meio século pela cultura popular, mantida pela desinformação: uma massa recheada de pensamentos condicionados a enxergar lixo onde há poder.

O sistema é de repressão baseado na violência, e as autoridades parecem ignorar o desenvolvimento científico, a cultura e o clamor das minorias. Sem contar na também aparente paralisia de projetos de lei de natureza progressista quando o assunto é a regulamentação de psicotrópicos, em pauta a cannabis.

Um viés da sociedade, da manutenção de normas ditas éticas, direciona o comportamento do povo e tenta fechar as portas para o desenvolvimento de novas ideias, o que é bom. Mas uma parcela do povo está cansada de mentiras acerca dessa ética de inversão de valores, onde a desmoralização das convicções culturais ou mesmo as comprovadas cientificamente são tocadas como bandeiras de luta pela maioria, conservadas e atreladas por elos de ingenuidade. Nem todos somos assim. Por isso viva o movimento pensante articulado!

No Brasil, a erva passou a ser estigmatizada pelas elites influenciadas por correntes políticas estrangeiras no intuito de aliená-la de cores e culturas - Que não seja assim!

Se esqueceram de que uma coisa é inalienável: a raça e a natureza. A maconha foi afastada das praças, mas não da terra; teve a pesquisa dificultada, mas não foi possível pôr fim as suas raízes, nem à curiosidade da pesquisa; foram rechaçados os cultos que a utilizavam como um elo de ligação entre o humano e o divino ( É o que pensam e pensarão)...

A verdade é que a planta foi encastelada, puseram-na na mais alta torre e fizeram o povo virar as costas para os benefícios que dela provém, inclusive sociais. Afinal pode ser ela, parte da cura de problemas relacionados à saúde, ao trabalho, ao emprego e geração de renda, à segurança pública, à economia e principalmente à educação.

Remédio natural, tal como a folha da amoreira, considerada sagrada inclusive por etnias e correntes religiosas brasileiras e afro-brasileiras, a maconha é tida como porta de saída para outras drogas e problemas sociais - não se negue o conhecimento desenvolvido na faculdade de medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que em consonância com o mundo mantém a pesquisa e o diálogo acerca do potencial uso medicinal da cannabis atualizados no país. Leia sobre o assunto, clique aqui.

A respeito, é na Universidade que o cara aprende a desenvolver um diálogo embasado, aprende a ter credibilidade. São as mentes instruídas que têm o poder de mudar o comportamento de uma família, de um bairro, de uma nação. Foi o desenvolvimento universitário que diminuiu e ainda diminui as distâncias tecnológicas, científicas, sócio-culturais, através da pesquisa, extensão, debates, estudos em prol do desenvolvimento.

Toda a sociedade ganha com diálogos desenvolvidos a partir de fundamentos. Principalmente as famílias, a juventude e as comunidades pouco assistidas (para não dizer ignoradas) pelo poder público. Estão estes na mira, quando não do comando armado ilegal dos traficantes, da repressão truculenta, quando não assassina, das polícias. Consequências da desinformação (em ambos os lados), uma cortina de fumaça que encobre o principal problema social que é o permanente estado de "não-saber".

Foi baseado nesse esquema de inteligência, acrescidas aí experiências próprias que também encabeçam a luta pela liberação da erva para o consumo recreativo, que desde o ano passado o Coletivo Marcha da Maconha de Maceió organizou a primeira marcha deste ano. Foi no domingo, nas orlas de Ponta Verde e Jatiúca, onde eu vi que a linguagem da erva tem poder universal. Torcedores do Centro Sportivo Alagoano (CSA) e do Clube de Regatas Brasil (CRB), rivais mortais, estavam abraçados numa causa sem provocações e, melhor, sem apresentarem riscos a si mesmos ou aos demais participantes torcedores de outros times ou pouco apreciadores do futebol.

Foi lá onde conheci outros jovens, moradores da periferia que esperam ansiosos pelo fim da repressão e a efetiva mudança da realidade em suas casas, onde a discussão acerca do consumo da maconha não seja debaixo de críticas e censuras frutos do conservadorismo que sonda a cabeça da maioria das pessoas de gerações mais distantes.

Mas também vi jovens mães acompanhadas de seus filhos. Para mim, um sinal de que as próximas gerações podem ser menos agressivas e mais pensantes. Um sinal de que ainda dá para se criar no mundo moldando um passo a passo, observando propriedades universais, agregando juízos de valor sem um conceito pré concebido na base do medo do desconhecido.

Afinal o que é e o que não é útil? Vá lá perguntar à vida!

O fato é que a marcha saiu e perfumou o trajeto. Fez tão bonito que nem a Polícia Militar ou mesmo seu Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e sua tentativa de barrar a passeata - alegaram a este repórter que os organizadores não avisaram à Prefeitura, como manda a Constituição Federal em seu 5º artigo - foram capazes de evitar a pacífica, do início ao fim, e avisada Marcha da Maconha de Maceió.

Ocorre-me que esta parece ter sido mais uma tentativa infundada de repressão à minoria; um aparente atentado à Carta Magna que carece de tantas regulamentações...











segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ora ei eu

Numa noite enluarada, meu senhor apareceu
Era eu! Era eu
ele disse para mim.
Na mesma hora lembrei
"ora, ei, eu?" -
Sim, era eu.
Então o galo, que já não escuto
mais cantou e me lembrou da tranca aberta
numa rua da floresta, onde já não se encontra mais

O meu amor, o meu peso.
Procura, vai! Procure, e ache!
Inocente, a lua será pisada por ela
A rainha de todos os ensinamentos
Era eu querida.

Sou eu como queiras.
E repito que já me avisastes
"te cuida cigano"
Teu tempo, desmudastes!

Ele vai por outras bandas
Nesta hora, valha-me um fado
de boêmio apaixonado

Pelo que vai, não é nada
Pelo que foi, é o que tem
pelo que é.
Sublime suprassumo e venturoso
Como um livro a acordar
vencedores

domingo, 27 de abril de 2014

Umas poucas

Posso te mostrar como não preciso do silêncio pra que você saiba o que é ignorância. Também pude mostrar o contrário, mas não. Sozinho pode ser, e é mais gostoso - e não há egoísmo quando se nasce sozinho. Sós - as pessoas são antenadas -, lembra da retórica, não esquece da eloquência. Meus amigos são uma graça e me enchem de vergonha, ah! Como eu gosto. Cheguem mais, que o prazer me alimenta.

Mas aprendi a gostar do que, de maneira diferente, concebi deuses que não me pertencem e estão no meu mundo rico, do que você não sabe, empobrecido pela subversão esperançado pela viciosa consideração do autruísmo, que não esqueci.

Esbórnia, sua rica pobreza

Na noite, sem fundamentos, na base ou com elementos,
à você, meu silêncio
Este meu sorriso é pra quem sabe ter
meus dentes, Apolônia, e o meu silêncio
Para poucos eu desejo a sorte, saber decifrar
para muitos meu desprezo, peito, calo, morro, prazer

Ah, mãe! Inferno é a prosa dos infernos
Que teu calor não é nada desprezível
ah, fúria silenciada. Sem frestas, sem luz
É a loucura?
ela, pura

E queira morrer, não brilhe a sua luz
Que de tanto querer bem
pobre Matusalém perdeu por não esperar
Acredita na boa vida,
tanto lido,
também vai perder, como ato,
defecar o amor como não
Se fosse possível

(Mas) deite-se pobre
porco
Pirralho
Peite seu belo sorriso
acabe-se na sua verdade
Com ela
acorde

E pensar que derrotei
um já derrotado Jaguadarte
Oh! Lástima
leve certeza de morrer feliz
Adeus ri
cós
Sãs minhas marcas

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Alguém explica, eu sei


A gente bebe, nem que seja água. A gente ri respirando esse ar puro de toxinas de cigarros e outros instrumentos mecânicos; faz a benfeitoria do dia, mesmo sendo nessa o primeiro sorriso do dia. Mas veja, a satisfação plena sempre depende do outro, confirmando a máxima de que pode você cortar os pulsos quando quiser.

Se o espelho quebra e as águas secam, como você se olha?

Caos, sede?

Não há novidades.

Seu trocar deus, pensamentos para o bem ou para o mal
Depende do conjunto ao qual você se dedique.
Os sinceros dificilmente se inclinarão,
alguns se arrependerão.
Os radicais jamais o farão, será uma rebelião ou aceitação total

Poesia a parte, viver nunca foi tão semi-rústico sob a perspectiva de ser o homem passível de substituição carnal, como é, e de acreditar ser necessária a validade da questão para que sejam justificadas as ações ditas positivas de suas ações: humanidade.

A proprietária é a palavra. Que define nós, homens que ultrapassamos o disponível e desejamos mais. A propriedade somos nós. A atitude, eterna inconveniência.

Sadomasoquistas, é mentira?

quinta-feira, 28 de março de 2013

Quando você focaliza a gente esquece, não é? É assim que você faz pra andar, para se equilibrar e a gente esquecer. Tenho fé que lá onde você olha existe e é comigo ou sem você também. Que você vá antes de mim porque senão o irá.