quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Estações

"Ei rapaz, qual é?
Tu não precisa pensar muito pra poder enxergar o óbvio!
Se liga, senão tuas chances vão escapar de tu, assim como água consegue escapar entre os dedos."


Era esse o pensamento que me vinha agora no caminho da faculdade pra casa. Acho que sei o porquê dessa reflexão momentânea. Certamente venho passando, inconscientemente, por um processo de aprendizagem em relação à muitas coisas. Cada situação, cada palavra, cada gesto, cada mimo, cada olhar, quer dizer sempre muita coisa para nós.


A carência é algo que, quando acontece, torna-se impossível de se resistir e, muitas vezes ela pode ser fatal, quando introduzida dentro de uma relação seja ela uma relação de amizade ou amorosa ou familiar. Não há nada pior do que você se sentir sozinho, querendo um amparo e, então, se encontrar sozinho novamente, longe da proteção da pessoa querida.


Se, quando se trata de pessoas distantes de nós é angustiante, imagine então quando essa pessoa está ao seu lado e você a vê todo dia, toda noite, na hora de dormir, mas não tem esse contato crucial. Eu, então, para poder fugir dessas situações venho me permitindo ser como era antes, o Alain que gosta do que é reto, certo.

Eu descido entre o certo e o errado na concepção da sociedade e o certo e o errado na minha própria concepção. Tenho meus vinte anos hoje. Em breve, daqui a quatro dias chego em mais uma primavera dessa minha vida gelada, quente, sombria e colorida novamente.

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