A medida que o tempo passa, as coisas vão perdendo um pouco o sentido de terem acontecido um dia. Tudo na nossa vida é tão passageiro, tão fugaz. Por isso acho importante curtir cada momento como se fossem os últimos de nossas vidas e acho desnecessários arrependimentos póstumos.
Lembro-me de outro dia, viajando a Salvador, o dia em que conheci minha ternura, Jaque, tudo muito estranho, esquisito, eu me auto-denominando doido (pela primeira vez), acho que foi ali que eu percebi o quanto a vida é passageira e precisa ser aproveitada ao máximo, lembro-me de que passei um pouco dessa loucura para algumas pessoas que aproveitaram comigo e hoje são outras pessoas: diferentes, destemidas, que aproveitam, assim como eu acho que sou hoje.
Em Salvador não curtimos Salvador. Só uma pequena faixa, ali em Ondina, vendo aquelas águas feias batendo nas pedras. Era um encontro de norte, sudeste, centro-oeste, Nordeste... Enfim, o sul não quis aparecer. Azar o deles. Perderam a melhor festa que poderiam curtir um dia. Conhecemos pessoas novas, que até hoje tenho contato, brincamos muitos, pulamos muito, corremos muito, Jaque casou. Sim, ela casou! Mas depois ela voltou ao normal e descasou. Pessoas perderam a “virgindade”, outras perderam o pudor. Foi tudo perfeito. Nada como um bom encontro de adolescentes, de comunicação, de quase todo Brasil, reunidos em Salvador.
Sinto saudades desse tempo que não volta. Nem voltará. Por isso que as coisas vão perdendo o sentido de terem acontecido: porque é como se não tivessem acontecido. A gente esquece, a gente faz desse momento uma página virada que às vezes nem vale a pena rever (para alguns).
Mas enfim... já que revi, é bom lembrar dos momentos bons: TODOS os momentos foram bons! A queda da Marina, a corrida da Renata, a cachaçada da mesma, a Sâmalla todas as manhãs me acordando com sua voz doce kkkkkkkkkk, entre tantas outras coisas que nesse momento me falha a memória para poder escrever.
Sinto saudades, apesar de tudo.
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