quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O lado bom das coisas


Pois bem... Aqui estou eu novamente postando algo a respeito daquilo que pra mim teve grande valor pessoal. Os momentos que passei no interior daqui do estado, foram ótimos, maravilhosos. Lá aprendi muito sobre tudo. Aprendi a confiar, aprendi a desconfiar, aprendi a conviver com as diferenças e aprendi a ter uma visão crítica das coisas que se passam ao meu redor.


Para entender o que digo, basta saber que esse lugar é muito longe da urbanidade da capital, Maceió. Ele é repleto de pessoas ignorantes, que ainda mantém pensamentos arcaicos e conservadores. Pessoas que ainda não aprenderam a lidar com diferenças e qualidades dos outros. Esse é um lugar sem a mínima perspectiva de avanço intelecto-cultural, já que o que mais é observado lá são pessoas sentadas nos bancos da praça pública.


Mas para beber, falar da vida alheia... Vida alheia...


Alheia só no modo de dizer, porque nesse lugar, a vida de um pertence a todos e a de todos também pertence a um. Os bancos bem que poderiam ser melhor aproveitados: eles bem que poderiam usá-los para ler um livro (livro? Que livro? Já leram um livro?). As pessoas de lá não têm costume de sentar para conversar sobre o que realmente importa. Enfim... Deflagramos aos poucos as tentativas de mudar a consciência dos analfabetos funcionais.


Mas por sorte, Deus não desgraça tudo de uma vez. Ele compensa de outra forma aquilo que não é do nosso agrado. Os amigos que fiz ali não esquecerei jamais. São poucos, mas são muito importantes. Posso contar nos dedos: 1, 2, 3, 4... tem mais? Acho que não. Nem tem como haver mais. É coisa de alma, de toque. A gente sente aqueles que realmente tocam seu coração com a verdade das palavras. Lembro de muitas coisas aprontadas ali. Subidas noturnas à um certo morro; descidas matinais ao Velho Chico; subidas à altos onde ocorrem festas extraordinárias; corridas pela madrugada num carro em alta velocidade; brincar de se esconder nos matos e, então descobrir outro tipo de brincadeira prazerosa.


São tantos momentos que jamais vou esquecer, como aquele em que vendo a cidade lá de cima, dos pés do cristo de pedra, avistamos algo incrível, eu e Anne. A cidade de Pão de Açúcar tem, no período da noite, o formato da Torre Eiffel e melhor ainda, com piscas-piscas de natal envolvendo-a. Difícil de acreditar, mas é verdade.


Ou então quando descobrimos que alguns momentos repudiamos a luz e nos escondemos. Sentiamo-nos os verdadeiros e próprios vampiros. Os VAMPs, expressão que só a gente até hoje sabe, nossa... que ótimo foi aquele dia! Foram inúmeros momentos pelos quais repito, nunca vou esquecer.


Momentos de reflexão, de análise, de aconselhamentos, de desenhos nada a ver (veja na primeira ilustração) e de momentos maravilhosos com as únicas pessoas que muito bem me acolhem quando por lá estou! Pessoal, estou em dívida com vocês, mas um dia eu volto a este lugar. Em homenagem à nós, Anne, Dani, Eric, Geo, Helvinha! Pessoas que amo!

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